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Realidades Cristãs Reveladas nos Quadros Proféticos do Apocalipse

Por L. F. Were
A vida cristã é muito real, e Deus deseja auxiliar seus filhos a agarrar suas realidades. Devidamente entendido, o Apocalipse provê quadros proféticos que habilitam o cristão de visualizar as atualidades do confIito espiritual. Um escritor declarou:
“Pudesse nossa visão espiritual ser ativada, e veríamos almas curvadas sob a opressão e carregadas de aflição, oprimidas como uma carreta sob pesada carga, e prestes a perecer em desencorajamento. Veríamos anjos voando velozes em auxílio desses tentados, forçando a retroceder as legiões do mal que os sitiavam, e colocando seus pés sobre firme plataforma. As batalhas entre os dois exércitos são tão reais como as travadas pelos exércitos deste mundo, e do resultado do conflito espiritual dependem destinos eternos.” (Profetas e Reis, p. 176).
Quanto mais o cristão se lembrar que este conflito está constantemente sendo travado, tanto mais ele compreende o que está ocorrendo ao seu redor e em conexão com sua própria salvação, tanto mais desperto, cuidadoso e preparado ele será. Satanás sempre procura fazer a realidade parecer irreal ou afastada. O invisível e eterno torna-se vago e sombrio. A urgência e a necessidade de vigilância são entenebrecidas por uma multidão de coisas mundanas – coisas que parecem tão reais, mas de fato não são as coisas verdadeiras. Paulo declarou: "Não atentando nós nas cousas que se vêem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não vêem são eternas." (II Cor. 4:18).
Os cristãos têm que lutar contra a tendência sempre presente de relegar as realidades espirituais para trás e permitir as coisas temporais deste mundo esconder o eterno, as coisas não vistas. Para ajudar o cristão a prender quadros claros sobre sua mente e para atrair deles força e conforto, Deus levou os profetas a empregar imaginação colorida e atraente em suas descrições proféticas. Os educadores corretamente salientam o valor da "educação visual", por Deus ter dotado a mente com a habilidade de visualizar o que nós lemos ou ouvimos. Ele tem inspirado de tal maneira o escrito de Sua Santa Palavra que esta forma uma longa galeria de quadros de palavras - "semelhanças", "similitudes", "imagens".
Os incidentes históricos encontrados no Velho Testamento nos provêem quadros de palavras pelas quais Deus nos ensina as verdades espirituais. Nelas nós veremos coisas de tamanho mundial em escopo: Semelhanças correspondentes no reino espiritual, que são "espiritualmente" discorridos (1 Cor. 2:l4). O Novo Testamento, e particularmente o Apocalipse revela o princípio de discernimento "espiritual", "coisas espirituais" nas narrativas do Velho Testamento. O olho natural não vê estas "coisas espirituais", e muitas vezes interpreta literalmente o que devia ser "discernido espiritualmente." (Veja 1 Cor. 2:6-16).
No Velho Testamento, o candeeiro de sete lâmpadas provia a única luz no santuário judáico; no primeiro capítulo do apocalipse aquele candeeiro de sete lâmpadas re resenta a experiência da igreja cristã através da era cristã (Apoc. 1:20 como o seu Autor divino, a igreja é "a luz do mundo" (Mat. 5:14; João 9:5). O quadro provido de um mundo em trevas somente iluminado pela igreja devia agir como um estimulante para provocar zelo em deixar a luz do Salvador brilhar em todo o seu explendor. Numa préwia publicação o escritor nos mostrou que o Apocalipse todo emprega o princípio que as coisas do Velho Testamento provê imagens ao escolher coisas mundiais em conexão com nosso Senhor e sua igreja e seus inimigos.
O Apocalipse é rico em quadros de palavÉas, e as vezes erros são concebidos e defendidos por aqueles que interpretam literalmente todos os detalhes destas descrições gráficas, em vez de simbolicamente como deviam ser interpretadas. Nós citamos apenas uns poucos exemplos.
As doutrinas do tormento eterno e um demônio vermelho com uma cauda, etc., têm sua base tomando com rígida literalidade figuras de linguagem e símbolos. (Veja Apoc. 12:3, 4; Isa. 14:9-20; Ezeq. 32:18-52; Luc. 16:19-31, etc.)
Os emblemas do corpo quebrado do nosso Senhor e seu sangue derramado – o pão e o vinho usado na Ceia do Senhor – são símbolos espirituais. Por tomar literalmente as declarações de Cristo: "Este é o meu corpo... este é o meu sangue", os católicos romanos foram levados ao erro da transubstanciação. Os protestantes repudiam a idolatria da Missa por interpretarem a declaração de Cristo simbolicamente, e não literalmente. O erro é muitas vezes a interpretação literal daquilo que Deus pretendia que fosse aplicado espiritualmente.
Os quatro seres celestiais de Apoc. 7:1-3 não estão literalmente estacionados nos quatro cantos da terra, com o propositò de investigar e deter os ventos literais que sopram dos quatro cantos do compasso. É uma representação simbolica do controle de Deus, por seus ministros angélicos dos negócios do mundo para que não detenham a terminação de seu trabalho na terra.
"Subindo do nascente do sol" (v.2): vem uma mensagem de Cristo como o sol vem com resplendor crescente até que a glória meridiana é alcançada. (veja Apoc. 18:1) Assim a luz deve crescer ate ao fim. O quadro profético concernente à vinda do anjo do oriente, quatro anjos segurando os quatro ventos, e o selamento das tribos de Israel, não deve ser tomado literalmente mas como uma representação simbólica da terminação do trabalho de Cristo na terra. Um bem conhecido escritor disse:
"Os 'quatro cantos da terra; e os quatro ventos da terra são evidentemente frases que desejam transmitir a idéia da extensão mundial das condições que o Revelador está descrevendo. O selo do Deus vivo, e as vestes brancas, e as doze tribus também são símbolos, pois ninguém manteria que um selo literal devia ser realmente posto sobre as cabeças dos servos de Deus; nem que os santos literalmente lavavam suas vestes no sangue de Cristo, nem que a obra do selamento foi confinado às doze tribos literais de Israel, de quem todos os meios de identificação se perderam por muitos séculos... Muito do significado real de tais passagens da Escritura como Apoc. 7 se perde quando uma tentativa é feita para lidar com eles literalmente. Verdades belas são reveladas nestas passatjens simbólicas, quando nós podemos definir o simbolismo que é usado." (The Worlds Finale, pp. 69-72, by A..W.Anderson.) (Enfase meu)
A fim de permitir a seus filhos de abarcar a grandesa das verdades espirituais que revigorarão e encorajarão, que irão dar atenção e impressionarão poderosamente, Deus inspirou seus profetas a pintar quadros proféticos que farão o que Ele deseja repartir, ressaltar-se-ão como se estivessem acontecendo diante de nossos olhos. Auxiliaria aos leitores do Apocalipse a obter uma correta compreensão do propósito moral do Apocalipse se fosse lembrado que a igreja é retratada como se fosse Israel habitando em Canaã e revivendo as experiências do antigo Israel. Como a vida cristã é poderosamente ilustrada pelas experiências típicas do Israei literal (1 Cor. 10:1-11, margem, etc.) Assim as experiências que sobreviriam à igreja cristã e descritas nas profecias do Apocalipse são também escolhidas como se a igreja, como Israel, ainda morasse na terra santa. Muitos comentadores tem chamado a atenção a este fato.
Um "comentário sobre o Novo Testamento", publicado pela "Sociedade Promotora de Conhecimento Cristão", diz em suas notas lidando com a batalha do Armagedom:
"Nós precisamos lembrar que através deste livro Canaã representa a localidade da igreja de Deus. A zona na qual os inimigos se reuniam contra Canaã terrestre era o Norte. Então das margens do Eufrates vieram os Assírios... Os Caldeus, os destruidores de Jerusalém... Nós não devemos pensar aqui em qualquer grande batalha que fosse travada neste ponto certo (Megido). Isto foi para esquecer o que sempre deve ser mantido na mente, que através deste livro, Jerusalém, Sião, a Terra Santa e várias localidades nela são símbolos da Igreja Cristã, seu santuário, ou sem inimigos... A batalha é uma figura, muito naturalmente empregada, como as palavras pelas quais nós descrevemos a prevalência do bem sobre o mal, em que é quase impossível não usar expressões emprestadas do campo de batalha – luta, derrota, triunfo, vitória, e tantas semelhantes. As visões do Apocalipse são para o olho o que as palavras metafóricas são para os ouvidos – símbolos, idéias, não reais, quadros do que deve acontecer."

Antigamente Israel era mencionado como "um povo que lhe é chegado" (Sal. 148:4). O santuário e, mais tarde, o templo, a moradia de Deus, foi localizado no meio de Israel. Israel se localizou perto e ao redor do santuário, enquanto que o mundo gentílico estava longe e afastado; um povo "afastado". Este fato físico é empregado por Paulo para retratar uma verdade espiritual. Escrevendo de crentes que agora são o Israel de Deus e aqueles não "em Cristo" como os "gentios", Paulo diz aos que tinham previamente sido classificados como "gentios": "Portanto, lembrai-vos de que outrora vós, gentios na carne... Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel... Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo... E, vindo, evangelizou paz a vós outros, que estáveis longe, e paz também aos que estávavam perto" (Efés. 2:11-22). Assim Paulo retrata a igreja agora constituída de judeus e gentios como se fosse Israel vivendo perto de Deus. Em Jerusalém, enquanto que os descrentes são retratados como "gentios", "afastados". Jesus, o Revelador (Veja Apoc.22:16), representa a igreja como se estivesse "com Ele" 'no monte de Sião"(Apoc. 14:1). Em Apoc. 11:1,2 a igreja é apresentada como se fosse "o templo" e a "cidade santa". Em Apoc,. 14:20 a destruição dos impios é simbolisada como uvas sendo pisadas num lagar "fora da cidade", a cidade certamente (até depois dos 1.000 anos), é mencionada aqui como a igreja de Deus. Os 1.600 estádios ou 200 milhas referem-se ao exército da Santa Oblação onde, em sua sua simbólica visão da igreja, Ezequiel relata um majestoso templo e cidade sobre "uma muito alta montanha" "na terra de Israel". João aplica esta visão concernente à cidade, o templo e a Santa Oblação na "terra de Israel " em um sentido mundial.
Em sua.s"Notas Sobre o Livro do Apocalipse", o Rev. A. Barnes, diz sobre a frase "E o lagar foi pisado fora da cidade":
"A representação foi feita como se fosse fora da cidade; isto é,. da cidade de Jerusalém, pois isto é representado como a moradia do santo... O lagar geralmente se encontrava no vinhedo – não na cidade – e esta é a representação aqui. Como aparecia aos olhos de João, ele não estava dentro dou muros de nenhuma cidade, mas estava fora. E saía sangue do engenho de pisar as uvas. A representação é que lá haveria uma grande destruição que seria bem representada pelo suco que sairia do engenho. Até aos freios dos cavalos. Profundo, como se sangue fosse num campo de matança onde ele chegaria até aos freios dos cavalos. A idéia é, que lá haveria uma grande matança... Os inimigos da igreja seriam completa e finalmente destruídos, e que a igreja, portanto, libertada de todos os seus inimigos, seria triunfante."

Estes quadros gráficos foram pintados pira animar os corações dos fiéis e para consolá-los em suas provas e perseguições. Satanás procurando desviar os olhos dos santos da certeza que estes versos contêm para eles que seus inimigos seriam destruídos, produz idéias errôneas a serem promulgadas que estes versos se referem a um conflito militar literal na Palestina fora da cidade de Jerusalém; que as 200 milhas se referem ao cumprimento da Palestina, etc.
Como os inimigos de Deus e de sua igreja não são cachos literais de uvas (veja Apoc. 14:17-20), seu ajuntamento não é um ajuntamento literal. Deus ordena aos anjos: "Ajunta os cachos da videira da terra (e é a videira mundial)... Então o anjo passou a sua foice na terra, e vindimou a videira da terra, e lançou-a no grande lagar da cólera de Deus. E o lagar foi pisado fora da cidade. "Aqueles que são destruidos na destruição do Armagedom são referidos como perecendo "fora da cidade" – a Sião espiritual, a Jerusalém espiritual. "Porque no monte Sião e em Jerusalém estarão os que forem salvos." (Joel 2:]2). Assim a "libertação" é assegurada aos que, atendendo ao convite de Cristo, "saem" de Babilônia espiritual e entram na cidade espiritual de Jerusalém.
A igreja é representada como estando no Monte de Sião "com" o Senhor Jesus (Apoc. 14:1). Por uma união espiritual eles estão tão seguramente "com Ele" (Apoc. 17:l4) como se eles lá estivessem literalmente. Quando os reis da terra – os governos da terra – "fizerem guerra contra o cordeiro" sua igreja é mencionada de estar "com Ele". (Veja Apoc. 17:12-14; 16:14-16; 19:19, 20.) Assim o ajuntamento das nações para "fazer guerra contra o Cordeiro" e sua igreja não é um ajuntamento literal no Monte de Sião na cidade literal de Jerusalém, mas uma união dos elementos do reino de Satanás em ação concentrada contra a igreja do Senhor, justamente como se lá estivessem dois exércitos envolvidos: Um em Jerusalem, e o outro reunido do lado de fora, no "Vale de Josafá" -  o vale do juizo de Deus. O ajuntamento das uvas amadurecidas para o lagar fora da cidade de Jerusalém e do Monte de Sião e o ajuntamento de todas as nações e pessoas para lutar contra Cristo e sua igreja são ambas representações simbólicas nos mesmos eventos. A colheita do mundo que é mencionada em Apoc. 14:14-20 é retratada como crescendo no "Vale de Josafá." Compare Joel 3:13 com Mat. 13:38-40, e também Joel 3:13 com Apoc. 14:14-20.
Ao comparar Joel 3:2, 11, 12 com S. Mat. 25:31, 33 nós vemos que Jesus aplica "o vale de Josafá" e o ajuntamento de todas as nações nele, como um símbolo do juízo mundial de "todas as nações" por ocasião de seu segundo advento. A aplicação literal destes versos como um ajuntamento das nações à guerra um contra o outro, esconde a grandeza e a solenidade da imaginação simbólica espelhando um quadro impressivo e vivo representando o grande dia de Juízo quando todas as pesãoas – as ovelhas e os bodes – serão julgados e separados eternamente.
As tentativas de aplicar literalmente em representações dramáticas e simbolicas estragam o quadro que o inspirado artista em palavras pintou, e cria despropósitos, que não só escondem a verdade retratada pelo símbolo, mas que às vezes leva a superstições e ao erro. Como um exemplo nós citamos Apoc. 17:14: "Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá."
Alguém escrevendo seriamente em defesa dos ensinos que o Armagedom pertence às nações na Palestina, depois de citar Apoc. 17:14, diz: "Agora parece que quando Jesus vem como Rei dos reis e Senhor dos senhores, os dez reinos estarão em uma posição para se oporem a sua causa." Um outro verso que é citado para apoiar a crença que as nações estão reunidas por Satanás à Palestina, e que por ocasião da segunda vinda de Cristo estas nações fazem guerra contra o Senhor, é Apoc. 19:19: "E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército."
Que loucura total imaginar um exército terrestre atacando literalmente o Todo-Poderoso Filho de Deus e as hostes dos céus no segundo advento! O segundo advento será a ocasião de uma demonstração maior do poder Onipotente do que é humanamente concebível. O fulgor da vinda de Cristo destrói os ímpios (2 Tes. 2:8) Quando os céus se abrem como é mencionado em Apoc. 19:11, em vez de besta e os exércitos da terra (Apoc. 19:19, 20) guerrear  contra o Rei dos reis e Seu exército celestial, eles fogem de terror da glória do Senhor, clamando aos montes para escondê-los "da face daquele que se assenta no trono, e da ira do Cordeiro." (Apoc. 6:15-17).
Deve-se notar que nestes versos o Revelador, como em Apoc. 19:11-19, descreve o mesmo grande dia do Senhor, a mesma abertura dos céus, os mesmos "Reis da terra, e os poderosos, e os homens ricos, e os capitães, e os homens ricos, e os comandantes, e os valentes, e todo escravo, e todos os homens livres." Portanto é óbvio que o ajuntamento de "a besta, e os reis da terra e seus exércitos" "a fazer guerra contra aquele que se assenta no cavalo, contra seu exército" não pode de maneira alguma referir-se a um ajuntamento literal das nações no Megido para literalmente lutar contra o Senhar por ocasião de seu segundo advento, pois "todos os homens" –"todo o servo e todo o homem livre" – não vão estar literalmente em Megido.
Entendido, porém, simbolicamente, nós vemos que os não salvos de todo o mundo são representações como se eles todos servissem como divisões sob o estandarte de Satanás. O Revelador distintamente declara que neste grande exército que ele simbolicamente descreve como sendo "ajuntados" são "todos os homens, tanto livres como presos, tanto pequenos como grandes." (Apoc. 19:17, 18). Quando o Senhor, em seu segundo advento, destrói a todos os não regenerados, embora simbolicamente apresentados com exércitos ajuntados e destruídos conjuntamente, pois literamente eles são destruidos pelo Senhor em todo o mundo. "Os que o Senhor entregar à morte naquele dia, se estenderão de uma a outra extremidade da terra" (Jer: 25:55). Assim o ajuntamento de "todas as aves que voam" para comer a carne de "todos os homens" (Apoc. 19:17, 18) não pode ser uma reunião literal dos pássaros para a terra literal de Israel, pois "todos os homens" serão destuídos pelo Senhor "de uma parte da terra até à outra parte da terra". João consegue esta imaginação da ignomínia e a totalidade da destruição dos inimigos de Deus da profecia concernente a Gogue e seu exército.(veja Ezeq. 39:1, 17-20). Isto mostra que a profecia de Ezequiel (caps. 38, 39) deve ser entendida como simbólica apresentação do conflito mundial que termina na final destruição dos que servem sob o estandarte de Satanás. Em Apocalipse 20:8, 9 nós temos a interpretação do Senhor sobre a profeçia de Ezequiel com relação às multidões no exército de Gogue – são as multidões enganadas por Satanas: os inimigos de nosso Senhor.
Em Salmo 45:3-7 o conflito espiritual do Senhor é apresentado simbolicamente. Em Heb. 1:8, 9 estes versos são aplicados a nosso Senhor. A mesma descrição simbólica é empregada em Apoc. 19:11-114, para salientar a volta do Senhor para completar sua guerra contra o mal por destruir aqueles que justamente previamente procuraram perseguir e destruir o povo de Deus.
A descrição do Revelador da vinda de Jesus com "os exércitos" dos céus para fazer "guerra" contra a besta e os exércitos da terra obviamente pretende ser entendido simbolicamente. Montará Jesus literalmente um "cavalo branco" vindo dos céus? (Apoc. 19:11). O Revelador previamente o pintara em sua segunda vinda "sentado numa nuvem, com uma foice em sua mão." (Apoc. 14:14-16). Irão todos os milhões multiplicados de anjos literalmente "montar sobre cavalos brancos"? (Apoc. 19:14). Virá uma "espada afiada" literalmente "de sua boca"? (v. 15). A "espada afiada" do Senhor é sua palavra. (Heb. 4:12; Ef. 6:17). Virá Ele literalmente "vestido com um manto tinto de sangue? Pisará Ele então literalmente "o lagar de vinho"? (Apoc. 19:13, 15). Convidará um anjo literalmente "todas as aves que voam" para vir "à ceia do grande Deus" para "comer a carne dos reis, a carne dos comandantes, a carne dos poderosos, e a carne dos cavalos, e seus cavaleiros, e a carne de todos os homens"? (Apoc. 19:17, 18). "E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos." Não serão literalmente "congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo, e contra o seu exército." (Apoc. 19:19). Nosso Senhor Jesus, o Revelador (Apoc. 22:16), simbolicamente retrata o conflito mundial espiritual. Todo o esforço de literalizar esta apresentação simbólica esconde o propósito moral que Ele queria retratar.
Um escritor cristão vastamente lido, salientando a necessidade de observar o caráter simbólico do Apocalipse, diz:
"Este livro (o Apocalipse) exige estudo profundo e de coração, para não ser interpretado de acordo com as idéias dos homens, e não se dê falsa construção à palavra santa do Senhor, que em seus símbolos e figuras tanto significa para nós... No Apocalipse as coisas profundas de Deus são a apresentadas."

De acordo com o princípio enunciado, este mesmo autor muitas vezes aplicou simbolicamente, em conexão com a grande controvérsia entre Cristo e Satanás, as mesmas passagens das Escrituras que nós estivemos considerando. Salientando graficamente o conflito entre as forças do bem e do mal, em harmonia com o jue nós mostramos ser a correta interpretação de passagem da "guerra" simbólica apresentada no Apocalípse, este autor popular diz:
"Eu vi dois exércitos em conflito terrível. Um exército era dirigido por estandartes que levavam a insígnia do mundo; o outro era dirigido pelo estandarte manchado de sangue do Príncipe Emanuel... Companhia após companhia do exército do Senhor juntou-se ao inimigo, e tribo após tribo das fileiras do inimigo juntou-se com o povo observador dos mandamentos de Deus... A batalha enfureceu-se. A vitória se alternava de lado a lado... O Capitão de nossa salvação estava ordenando a batalha, e enviando auxílio a seus soldados. Seu poder foi poderosamente demonstrado... Ele dirigiu-os à frente passo a passo, conquistando e para conquistar.
"Finalmente a vitória foi ganha, o exército que seguia o estandarte com a incrição, ‘os mandamentos de Deus, e a fé  de Jesus' (Apoc. 14:12), triunfou gloriosamente... Agora a igreja é militante... Mas o dia virá em que a batalha tera sido travada, a vitória ganha. Mas a igreja precisa e irá lutar contra inimigos visíveis e invisíveis... Os homens se confederam para opor-se ao Senhor das hostes. Estas confederações continuarão até que Cristo ... vestir as vestimentas de vingança." (Testimonies, vol. 8, pp.41, 42).

Aqueles que "saem"de Babilônia (Apoc. 18:4) e são congregados para estar com Cristo "no monte de Sião" têm "o selo de Deus em suas testas." (veja Apoc. 7:1-4; 14:1). Aqueles que se congregarem para "fazer guerra contra o Cordeiro... e os que estão com Ele" (Apoc. 17:l4; 19:19) têm "a marca da besta" em sua testa ou em sua mão (Veja Apoc. 13:16, 17; 14:9-11; 19:20) Tão vital é para os vivos nesta grande hora de destino compreender claramente os itens em jogo, tão importantes são as verdades que o Senhor apresentou no Apocalipse que Ele lança quadros vivos e simbólicos na tela da profecia a fim de chamar e manter a atenção.. Mas ao interpretar estes quadros literalmente com referência a Palestina (elas são dadas num ambiente palestino, pois a igreja é reresentada como se estivesse com Cristo no Monte de Sião, etc.), Satanás leva as importantes mensagens de Cristo no Apocalipse a perderem seu sentido e sua vitalidade.