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Laodicéia: Nossa situação presente

Por José Orlando Silva (RA, abril de 1995).

Hoje sempre ouvimos a veracidade na declaração de que somos Laodicéia. Se tal procedimento fosse acompanhado do entendimento do seu principal problema, veríamos quão necessário e importante é Jesus para nós. Ao sermos representados biblicamente por ela, devemos atinar para sua mensagem, conscientizando-nos da presente situação espiritual em que vivemos.
Essa conscientização deve levar-nos como igreja, ou seja, líderes ou liderados, a um desejo sincero de conhecer a essência da mensagem de Laodicéia, que nos representa como povo.
João recebeu a revelação do Apocalipse e foi encarregado de anunciá-la. O caráter doutrinário e soteriológico das mensagens apresentadas às sete igrejas é próprio e peculiar para as necessidades não somente dos destinatários da Ásia, mas para nós, pois nos apresenta o principal problema adjunto à única solução: Jesus Cristo.
"Laodicéia era uma cidade da província romana da Ásia Menor na parte ocidental da moderna Turquia asiática, sendo fundada no século I I I por Selêucia Antíoco I I , quando então recebeu nome baseado do nome próprio de sua esposa, 'Laodice'."'
Jesus Cristo é apresentado como personagem central da mensagem de Laodicéia. Por isso Se identifica como o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus e a fonte primária de toda criação. Cristo é o remédio para o problema de Laodicéia, pois constitui o protagonista da mensagem outorgada a ela. Identificar o problema ou pecado de Laodicéia é também identificar o nosso pecado, e obviamente a solução para esse problema, significa também para o nosso.
O pecado de Laodicéia
O maior pecado de Laodicéia era manter a porta do seu coração totalmente fechada para a obra salvífica de Jesus Cristo. Por esse motivo acalentava os outros pecados, o da mornidão espiritual e principalmente a confiança em suas obras para a salvação. Precisamos compreender que os pecados são conseqüência de permanecermos longe de Jesus. Há uma diferença entre pecado no singular, viver longe de Deus, e pecados no plural, fazer coisas erradas. O viver longe de Deus é a base do pecado; as más ações que muitas vezes denominamos pecados são somente resultados de nossa condição pecaminosa.2
Não ter a Cristo é tentar viver uma vida religiosa frustrada e infeliz. Admitir a possibilidade de fazer "coisas boas", ou viver uma vida religiosa eficaz sem Cristo, é delinear um propósito utópico e inatingível.
O estar Jesus do lado de fora, batendo à porta do coração, constitui o maior e o principal pecado de Laodicéia, e de toda cristandade que viria. (Apoc. 3:20.)
"A Igreja de Laodicéia tinha tudo, menos Cristo. Ele permanecia do lado de fora, batendo à porta e pedindo entrada. Se O atendesse, logo Ele entraria e travaria amizade com a igreja."3
Precisamos compreender, aceitar e admitir que os nossos pecados vêm como fruto do grande pecado de não vivermos em comunhão com Jesus Cristo. "O cristianismo sem moral, sem amor, indiferente, terá de fracassar fatalmente, sendo condenado por sua inerente realidade."4
A solução
Cristo oferece à igreja de Laodicéia a solução para o seu problema. Como médico dos problemas espirituais, receita os remédios que lhe traria um discernimento divino. (Ver Apoc. 3:18.) Utilizando-se de uma linguagem metafórica, João apresenta os remédios que representam a solução para a nossa situação calamitosa. Tais remédios, como: o ouro, que representa a fé e o amor (Tiago 2:5); vestiduras brancas, que representam a justiça (Apoc. 19:8; Isa. 61:10), e outros, só são adquiridos por intermédio de Jesus Cristo. O amor e a justiça não são qualidades adquiridas e sim uma pessoa.
Uma igreja que confia nas suas obras, e está desprovida dos principais elementos para a salvação, que se resumem na pessoa de Jesus (pois são dons que emanaram dEle), só poderia receber uma repreensão. (Apoc. 3:19.)
Conclusão
Precisamos despertar e nos apoderar da solução que abaterá a apatia espiritual em que vivemos. É necessário enfatizarmos, mais do que nunca, que só Jesus salva. O grande problema dos nossos irmãos protestantes é ter a Jesus como Salvador, e não tê-Lo como Senhor. E hoje percebemos que o grande problema da Igreja Adventista é ter a Jesus como Senhor endossando a lei e o fazer, e pouco entendemos de Jesus como Salvador, pois não O experimentamos.
Devemos seguir em frente, não fazendo prosélitos, mas cristãos. O retrato de Cristo deve ser hasteado ao mundo que perece, vivendo a doutrina da justificação pela fé.
E indispensável que hoje, como indivíduos e igreja, aceitemos e compreendamos esta verdade. Não somente pregando-a, mas vivendo-a. E assim colaboremos para a preparação do nosso povo. E certamente em breve nos encontraremos com Jesus, e apressaremos este encontro, que Jesus intencionara realizar desde 1888.
Acredito plenamente nesta Igreja, e anseio que Cristo Se torne a nota tônica e comum entre nós.

Referências:
1. Champlin, N.R.. Comentário do Novo Testamento, pág. 429.
2. Morris Venden, 95 Teses Sobre Justificação Pela Fé, pág. 41.
3. Ray Summers, A Mensagem do Apocalipse, pág. 125.
4. Champlin, Comentário do Novo Testamento, pág. 432.