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As Sete Cabeças

Por George McCready Price

Alguns dos símbolos proféticos podem ser interpretados de duas maneiras diferentes, vistos sob ângulos diferentes. O dragão representa de início a Satanás, mas também significa Roma imperial ou pagã, que era o poder mundial dominante ao tempo da concessão das visões do Apocalipse. O mesmo princípio do significado duplo será de auxílio na compreensão das sete cabeças mencionadas várias vezes nas profecias de Daniel e do Apocalipse. O número sete indica geralmente perfeição ou algo concluído; e como as sete cabeças sucedem umas às outras em Apoc. 17:9,10, representam com certeza nações sucessivas, através das quais Satanás tem tentado controlar com relativo êxito os negócios nacionais, com o fito de opor-se à obra de Deus, obstruindo-a. Em outras palavras, as sete cabeças significam todos os governos civis, opressivos e tirânicos da história humana, desde os dias de Ninrode até o fim do tempo.
Tal seria em sentido mais amplo o que os teólogos chamam de o significado apotelesmático da profecia, "sub specie aeternitatis" – a maneira de as inteligências celestiais a verem. Deve haver entretanto, também uma percepção proléptica, que se apliquem a sete casos específicos. O passo "cinco caíram, um existe, e o outro ainda não chegou" (v. 10) obviamente indica sete poderes mundiais específicos em seqüência. Daí a necessidade de estudarmos com muito cuidado a fim de descobrirmos que nações sucessivas são mencionadas.
Até não há muito o capítulo dezessete do Apocalipse era o mais misterioso de todo o livro, se não de toda a Bíblia. Nosso expositor profético pioneiro, Uriah Smith, teve muitíssimo pouco a dizer acerca do mesmo. Os protestantes compreenderam que em linhas gerais o capítulo trata do assunto de uma aliança ímpia entre igreja e estado – o que corresponde apenas ao ABC da matéria. Porém seus números e outros pormenores têm sido um perfeito enigma mesmo para Adventistas do Sétimo Dia.
Até a última parte do capítulo, onde são mencionados os dez reis que terão um só pensamento e oferecerão à besta o poder e a autoridade que possuem tem sido incompreendida, julgando-se fazer ela referência à idade média, a despeito da afirmação de Ellen G. White que assinala ser esta uma confederação das últimas horas do tempo com seu significado óbvio.
Porém a razão para essa incompreensão contínua parece não ser tão obscura. Talvez a ocasião para sua compreensão não era oportuna. Esse capítulo está em íntima relação com o alto clamor de Apoc. 18:4 "Retirai-vos dela, povo meu"; e, como muito do livro de Daniel estava fechado e selado até o tempo do fim, pode ter sido designado pela providência divina, que o capítulo 17 de Apocalipse não fosse compreendido, até que a mensagem do alto clamor estivesse pronta para ser proclamada ao mundo. Tal mensagem no entanto é própria agora. Portanto o interdito foi levantado, e cada pormenor deste capítulo está claro diante de nós.
Por muitos séculos a Igreja Católica teve sua própria interpretação para esse capítulo, como pode ser encontrado nas explicações de sua Bíblia de Douay. Seus teólogos, seguidos de perto pela crítica moderna, asseveram que o tempo mencionado na explicação dada pelo anjo a João era o dos imperadores romanos. De acordo com isto, eles sempre introduziram o Egito e a Assíria, seguidos na relação pelos nomes de Babilônia, Medo-Pérsia e Grécia, a fim de terem cinco "reis" ou impérios que naquela ocasião haviam "caído", como mencionado no verso 10. Roma pagã estava então no poder, e seria o nº 6 da série. Com certeza o próximo, o de nº 7, que naquele tempo ainda não havia vindo, seria o horrível anticristo. Este era também o ensino dos pais da igreja.
Há alguns anos, antes que se compreendesse a linguagem paradoxal deste capítulo, mesmo alguns escritores adventistas foram enganados por esta parte do vinho de Babilônia. Adotaram a interpretação católica da mais vital de todas as profecias, provavelmente por pensarem poder fazer deste número 7 da série o símbolo do grande anticristo. Eles ignoraram o fato de que Egito e Assíria jamais foram mencionados em nenhuma profecia seriada de Daniel. Eles também esqueceram o fato histórico bem conhecido que a Babilônia de Nabucodonosor e de Daniel com freqüência é chamado o império Neobabilônico ou o segundo império Babilônico; porquanto o primeiro curso de Babilônia antedata ambos, Egito e Assíria, remontando aos dias de Ninrode, logo após o Dilúvio.
Como veremos nos últimos capítulos, no conflito dos séculos, o fator religioso é imensamente mais importante do que o político, e aquele é a maior preocupação da profecia bíblica. Este era o caso em tempos antigos. Jamais o Egito e nem a Assíria, embora fossem cruéis e opressivos, exerceram uma influência tão fascinante, sedutora ou enganadora como o fizeram sobre as nações circunvizinhas os cultos e sacerdócios centralizados na "santa" Babilônia durante todos os séculos desde Ninrode até Belsazar e muito depois. A. H. Sayce relata que desde os dias do império de Hamurábi em diante, Babilônia "continuava sendo a Capital do império Babilônico e a santa cidade da Ásia Ocidental". (Encic. Brit. 11ª. Ed., vol. III, pág. 98). De fato, ambos, Egito e Assíria, eram relativamente insignificantes quanto à sua influência religiosa e cultural sobre o resto do mundo.
Os advogados do Egito e Assíria desconsideraram a clara afirmação profética de que o número 7 da série, teria apenas uma carreira muito breve – "e quando chegar, tem de durar pouco" (v. 10), ou "deve permanecer por um instante" (R.S.V.), ou "sua permanência deve ser breve" (Goodspeed). Porém todos sabem que a Igreja Católica tem permanecido quase tanto tempo quanto todos em conjunto.
Estas são objeções sérias indicativas que esta não pode ser a interpretação correta. A visão completa não envolve nenhuma negação de fatos. Necessitamos de uma interpretação sensível, consistente deste capítulo, para podermos dar a derradeira mensagem evangélica de maneira inteligente "sai dela povo Meu". Apoc, 18:4.
A dragão vermelho do capítulo 12, a besta semelhante ao leopardo do capítulo 13, e a besta escarlate do capítulo 17 todos são descritos como tendo sete cabeças. Necessitamos encontrar um significado que se aplique a todos. Isto poderemos fazer se olharmos para a seqüência desde o princípio, a começar com a Babilônia de Ninrode, e daí em diante, divisando as mais ou menos bem sucedidas tentativas de Satanás para assumir o controle da humanidade, compelindo-a a executar suas ordens, em oposição à obra e ao povo de Deus.
O primeiro e segundo império babilônicos devem ser considerados como uma unidade. Por conseguinte, Babilônia, Medo-Persa, Grécia e Roma Imperial constituem as primeiras quatro cabeças, como em todas as profecias de Daniel; Roma Papal torna-se a quinta cabeça nesta sucessão, que recebe sua ferida mortal ou o golpe de morte em 1798. Estes são os cinco "que caíram" ao tempo mencionado pelo anjo no v. 10. E o período depois disto, "o tempo do fim" que dura já há século e meio, e não sabemos até quando irá, é obviamente considerado nesta profecia como a atualidade, o ponto a partir do qual a interpretação é dada pelo anjo.
Nesse tempo, disse o anjo, a besta satânica da intolerância "era e não é" (vs. 8) correspondendo ao período da ferida mortal; contudo o anjo continua afirmando que uma das cabeças "existe" (vs. 10) ou "está reinando" (Goodspeed). Esta deve ser o número 6 do grupo. Em outras palavras, o número 6 deve existir ou reinar em nossos dias, a partir de 1798. Tal raciocínio parece estar correto. De acordo com isto, devemos procurar no mundo moderno, se possível, a identificação do poder mundial a que se refere de maneira tão clara a profecia.
Foram sugeridos dois candidatos. A besta de dois chifres, ou o falso profeta, tem com toda a probabilidade um lugar neste grupo de potências mundiais. No capítulo 13 ela surge exatamente após a inflição de ferida mortal na besta semelhante ao leopardo. Porém em 1798 ela era ainda muito jovem e semelhante ao cordeiro. Naquela época não se podia ver nela como a uma potência mundial dominante. El algumas outras profecias é mencionado com antecipação do quê um poder será posteriormente; este parece ser o caso em tela. Pode-se argumentar muito bem de que esta besta de dois chifres não tem as qualificações das cabeças deste conjunto até que ela comece a falar como dragão, porque todas as cabeças são descritas como antagônicas a Deus e Sua verdade; porém no seu estágio semelhante ao cordeiro, ela é gentil e inofensiva.
Escrevo àqueles que estão bem familiarizados com este assunto. Não me dirijo a ignorantes em assuntos bíblicos. Cada um que conhece as profecias de Daniel e Apocalipse sabe que numa sucessão de eventos, o que segue é sempre indicado como causa da queda do seu predecessor. De acordo com isto, no caso em tela, necessitamos considerar a causa da inflição da ferida mortal em 1798, o que ainda a impede de ser curada.
Não foi a monarquia histórica da França, o filho mais velho da Igreja, que ocasionou a queda do Papado em 1798. Foi porém o que o livro O Grande Conflito, na pág. 268 chama de "uma nova manifestação do poder satânico", e o que a Bíblia diz ser a besta do profundo abismo. Deu-se o nome de "o diretório" ao grupo de cinco homens que governaram de 1795 até 1799; foram eles que enviaram Berthier para prender o papa e trazê-lo para a França. E foi o ateísmo fanático e organizado, que eles representaram, que trouxe o desbaratamento de cada governo católico através do mundo, naqueles dias e logo depois. Em nossos dias a mesma besta do profundo abismo, exteriormente mais moderada e polida, evidenciando por fora menos fanatismo, que ainda mantém a ferida mortal incurada.
Por favor, não me compreendam mal. Constitui uma política sábia a completa separação de Igreja e Estado. Liberdade civil e religiosa, ambas são boas. Porém os chefes da Revolução Francesa roubaram dos americanos de uma geração anterior esses ideais celestiais, e usaram-nos para camuflarem sua propaganda contra Deus e a Bíblia que se propagou no universo naquele tempo. A alta crítica bíblica e o liberalismo dos nossos dias, a filosofia evolucionista ou a moderna apostasia anti-Gênesis, agora universais através do mundo ocidental, são exatamente a mesma manifestação do poder satânico, embora no estilo do século vinte. Tal era novidade em 1798, porém desenvolveu-se tanto, que já estamos acostumados e o tomamos como normal.
E isto, na minha opinião, é o que significa a sexta cabeça. É sem dúvida o que ocasionou a ferida mortal em 1798. Naquele tempo bem se podia chamá-lo de uma nova manifestação do poder satânico, porque não se conhecia nada similar na história das nações. Porém daqueles dias até os nossos, sob várias mudanças e camuflagens, ela se tornou o poder intelectual dominante através do mundo ocidental. É esta apostasia anti-Gênesis que ainda impede que seja curada a ferida mortal, o que nos indica que ela e a sucessora profética da quinta cabeça, da sucessão de sete, e ainda deve ser qualificada como a sexta.
O que diremos porém da besta de dois chifres, ou seja o falso profeta, que como Adventistas temos ensinado por aproximadamente cem anos representar os Estados Unidos e também constituir a sétima cabeça desse conjunto? A profecia descreve-a como tendo "dois chifres parecendo cordeiro", que o livro O Grande Conflito afirma "a propósito" representar o caráter deste país nos seus dias primitivos, quando foi dito "ao profeta ao profeta como estando a "subir" em 1798" (pág. 441). Por certo sua amabilidade e inocência ainda caracterizam a América em matéria de liberdade civil e religiosa. Isto nos parece indicar que nesta etapa de sua carreira a América não pode ser qualificada como uma das sete cabeças, porque todas são oponentes a Deus e ao Seu povo.
Todavia, após a primeira menção dos dois chifres da besta, como de um cordeiro, cada afirmação seguinte é má, terrivelmente má. Ela é descrita como um enganador sagaz e fraudulento, o mais completo e perigoso de toda a história da humanidade. E no clímax de sua insidiosa carreira, ela falará "como dragão"; porém na acusação pormenorizada contra ela, é mencionada uma lista de enganos espetaculares mediante os quais ela induz o povo a fazer uma imagem à besta semelhante ao leopardo (a quinta do grupo), e depois leva cada um a homenagear a primeira besta, trazendo-a de novo à vida, curando sua ferida mortal. Isto significa com certeza, trazer de volta do abismo profundo, o estado de morte, a besta da intolerância e da perseguição religiosa, como é predito em Apoc. 17:8.
Quando Deus tomar nas mãos o caso, esta besta de dois chifres será lançada viva no primeiro lago de fogo por ocasião da segunda vinda de Cristo.
A transformação surpreendente no caráter e na conduta destes chifres de cordeiro na voz do dragão, será considerado mais tarde. Agora estamos apenas preocupados em identificar de maneira correta a sucessão das sete cabeças.
Uma tradução recente de Apocalipse 17:11 esclarece alguns aspectos do problema. "A besta que era e não é mais, é um oitavo na contagem, embora seja um dos sete anteriores a ele – e é ele que vai para a destruição". (John Wick Bowman, The Drama of the Book of Revelation, pág. 114).
A afirmação acima torna claro que o papado rejuvenescido é o número oito do grupo, e sugere de maneira inequívoca que a imagem da besta (a fase do dragão da besta de dois chifres), deve ser o número 7 com a apostasia anti-Gênesis dos nossos dias como o número 6. Isto não descarta a possibilidade do aparecimento pessoal de Satanás, personificando a Cristo, o que poderá significar o número 8 do conjunto de cabeças.
Deste rápido esboço inferimos com clareza que nas profecias de Daniel e Apocalipse encontramos várias espécies de animais rapinantes, empregados como símbolos de organizações humanas que operam contra Deus e Seu povo. Nos dias primitivos, quando Deus tinha um grupo político ou uma nação como Seu representante na terra, as bestas que se lhe opunham, eram também nações. Porém Deus e todos os habitantes do céu estão sempre mais interessados na difusão de idéias ou doutrinas do que na mudança de fronteiras nacionais ou políticas. Por conseguinte, no decurso dos séculos, quando a obra de Deus se tornou internacional em sua extensão, a oposição organizada de Satanás, também se tornou mais universal. Por esta razão, as bestas simbólicas que representam a obra satânica em nossos dias, o tempo do fim, devem representar de preferência influências universais ou ideológicas, em vez de meros grupos nacionais ou políticos. Hoje podemos observá-lo em base mundial.
É verdade que em primeiro lugar é sempre mostrado o diabo na pessoa de seus títeres humanos, quando são apresentados os símbolos proféticos. Os animais, por exemplo, são como que peças de jardim de infância dados para nossa instrução. Sempre devemos recordar-nos do duplo sentido atrás de tudo isto, porquanto quase todos são passíveis de aplicação dupla. Podemos aplicá-los onde for apropriado; e onde quer que forem apropriados, podemos usá-los. Foi-nos dito que "conquanto o dragão represente primeiramente Satanás, é, em sentido secundário, símbolo de Roma pagã". (GC. 438). Os expectantes anjos celestiais compreendem que o arqui-rebelde é descrito em todos estes símbolos; mas nós aqui na terra entendemos que eles representam entidades humanas através das quais Satanás realiza seus intentos.
Há três símbolos que compreendem toda a obra do maligno durante as últimas horas do tempo. O dragão, a besta semelhante ao leopardo, e a besta de dois chifres, ou o falso profeta, dos quais se fala em Apoc. 16:13, 14 como representantes de todas as forças que se unem contra Deus e Seu povo bem no fim. Por conseguinte parece justo concluir que esses símbolos devem ser entendidos no seu sentido mais lato como representando três ideologias globais que nos últimos dias controlarão o pensamento e as ações de grandes massas da humanidade. Por exemplo, podemos distinguir no dragão o símbolo da infidelidade organizada como no comunismo de Karl Marx. A besta semelhante ao leopardo representa o Catolicismo Romano quanto ao seu aspecto universal, que por certo não é uma nação na acepção da palavra, mas a religião como um todo, tão atuante na Nova Zelândia e na América como na Itália. Igualmente o falso profeta não está confinado aos Estados Unidos. Representa os aspectos modernos do protestantismo apostatado, que já foi intitulado de a "americanização da religião". Este pode ser encontrado na Austrália, na África do Sul ou na Alemanha tanto quanto na América do Norte.
O que foi dito acima enfatiza que fronteiras nacionais não entram em consideração nos dias de hoje. Estes três poderes apostatados se misturam e se interligam. E as profecias divinas afirmam que eles representam todas as potências da terra que nos últimos instantes da história da terra combinar-se-ão para guerrearem contra Deus e Sua igreja, e esta estará também espalhada ao redor do globo.
Cumpre lembrar-nos que as profecias seriadas de Daniel apresentam as nações então dominantes que uma após outra mantinham o povo de Deus em sujeição, após a apostasia de Israel e Judá, quando perderam a independência. Esta sucessão de nações dominadoras representa os esforços de Satanás, temporariamente bem sucedidos, para ajustar os negócios humanos à sua vontade. Os três símbolos principais do Apocalipse – o dragão, a besta semelhante ao leopardo, e a mulher montada na besta escarlate – todos recapitulam o que já havia sido dado por Daniel, todavia ampliam a descrição das condições que existirão exatamente nos últimos dias. Os sete estágios sucessivos do controle parcial de Satanás sobre a terra, são apresentados pelas sete cabeças que aparecem nos três animais mencionados, nos capítulos 12, 13 e 17 de Apocalipse. Estes três animais simbólicos repetem de maneira sucinta a história anterior mas concentram-se nos eventos dos últimos dias do tempo.
Todos os três símbolos – o dragão, a besta semelhante ao leopardo, e a besta escarlate – cobrem historicamente o mesmo terreno embora fossem mostrados ao apóstolo como se realizando em três estágios sucessivos da historia do mundo. O dragão evoca o domínio satânico sob o ponto de vista do tempo dos Césares. A besta semelhante ao leopardo dá-o do ponto vista da Idade Média. A besta escarlate de Apocalipse 17 mostra a situação do mundo como observada no tempo do fim, ou seja, dos dias modernos. Entretanto cada um dos três tem as mesmas sete cabeças e dez chifres, com variações pormenorizadas, provando que se trata de linhas proféticas equivalentes, embora a ênfase seja posta em três épocas sucessivas sob o ponto de vista de tempo.
O número sete denota sempre em profecia algo completo ou a totalidade; e as sete cabeças nos três animais simbólicos cobrem o período inteiro da história humana, a começar pela usurpação de Satanás do domínio do mundo nos dias de Ninrode até o seu fim ignominioso. Porém cada um desses três símbolos, embora vistos por João sob três aspectos diferentes Roma Imperial, a Idade Média e nossos próprios dias – recapitulam o passado na sucessão das sete cabeças. Na verdade as três séries de sete cabeças devem significar a mesma coisa e devem cobrir o mesmo espaço de tempo desde o Éden perdido até os acontecimentos iniciais do Éden restaurado e o fim da história humana.
Por fim, estes animais simbólicos são todos descritos em contraste antitético com o cordeiro, inocente, inofensivo, indefeso, que através de toda a Bíblia é usado como o símbolo dos métodos e do caráter de Cristo, e de Seu estilo de organização.
O glorioso coro mencionado no fim do capítulo 5 de Apocalipse, mencionado pela figura literária da "prolepse" (antecipação), é um quadro esplêndido da final e completa vitória do Cordeiro de Deus sobre toda a oposição e todos os enganos do inimigo.