Por José Carlos Ramos (RA, fev. de 2001)
Um dos pontos difíceis no estudo do Apocalipse é sua simbologia. Símbolo é uma “representação visual ou conceptual daquilo que não se vê, e é empregado para comunicar verdades, afirmações e exigências divinas.”1 Certamente os símbolos no último livro da Bíblia confirmam esta definição. Neste breve estudo analisaremos o porquê da simbologia apocalíptica, e como proceder adequadamente com este recurso literário se visamos melhor compreensão da mensagem nela inserida. Faremos isto aplicando os conceitos estabelecidos a um material apocalíptico específico: as sete últimas pragas.
Dificuldades – A simbologia bíblica inclui símbolos objetivos, como a serpente de metal levantada por Moisés; atos simbólicos, como a compra de um terreno por Jeremias quando Jerusalém estava sitiada; e nomes simbólicos, como os nomes dos filhos de Oséias.2
O Apocalipse é um livro de símbolos, e, como tal, utiliza estas três categorias (ver como respectivos exemplos: Apoc. 1:12; 18:21; 8:11). Talvez tão difícil quanto interpretá-los, é a tarefa de detectá-los, já que o escritor sagrado empregou símbolos em meio a literalidades, e literalidades em meio a símbolos. O perigo é simbologizar literalidades e literalizar símbolos, abordando o Apocalipse unilateralmente. Hans K. LaRondelle declara: “A chave para decifrar o Apocalipse não é a aplicação rígida do literalismo ou do alegorismo. Desde o começo até o fim, este livro apocalíptico tece em conjunto a linguagem simbólica e a literal em uma tela... Aqui a linguagem figurada e a literal se mesclam para transmitir a mensagem com claridade suficiente.”3 Alguns símbolos e algumas literalidades são óbvios. Ninguém discute se o dragão vermelho de sete cabeças do cap. 12 é um símbolo ou se, no cap. 21, a descida da Nova Jerusalém no fim do milênio é uma literalidade, pois a natureza do quadro é evidente. Alguns símbolos são encarados tão naturalmente, devido à familiaridade com o que significam, que ninguém ao menos se lembra que são símbolos. Exemplo: vestiduras brancas lavadas no sangue do Cordeiro (7:14). Outra dificuldade é o fato de o Apocalipse usar como símbolo, em determinado contexto, um item que, em outro contexto, é uma literalidade. Pelo estudo das sete igrejas, por exemplo, sente-se que o anjo de cada uma simboliza sua liderança humana; contudo, ninguém deve imaginar que cada vez que o Apocalipse registra a palavra anjo, está se valendo de um símbolo. Em outras palavras, aquilo que é símbolo num determinado trecho,
pode ser literalidade noutro trecho, e vice-versa. Deve-se, portanto, evitar a generalização.
Por que os símbolos? – Em vista destas dificuldades, por que os símbolos? Não teria sido mais prático se o Apocalipse contivesse apenas literalidades? Não seria a sua mensagem mais
entendível? Em primeiro lugar, não devemos imaginar que os símbolos estão aí para dificultar a compreensão. A palavra Apocalipse significa revelação, e não enigma, mistério, ou algo assim.Além disso, não se pode esquecer que o livro foi escrito com endereçamento certo: as sete igrejas da Ásia (1:11), que englobam a Igreja Cristã em todos os tempos e locais. O conteúdo do livro abarca o espaço entre os dois adventos, e, para nós que vivemos no tempo do fim, teria sido maravilhoso que Deus tivesse sido mais explícito e fosse direto ao ponto em cada assunto. Mas, e para os crentes de outras épocas? Como, por exemplo, os cristãos do início do II século d.C., premidos pela perseguição, encarariam o fato de que 1900 anos transcorreriam sem que Jesus voltasse? Edwin Thiele menciona uma razão positiva quádrupla pela qual Deus Se valeu de símbolos ao prover o conteúdo do Apocalipse, todas para benefício da Igreja: tornar a mensagem mais efetiva, impressiva, específica, e segura.4 Como fator de segurança, o símbolo é, na realidade, uma espécie de codificação que torna a mensagem praticamente inacessível para os adversários da Igreja. Neste caso, precaução seria o termo que definiria a razão da simbologia aqui. Já imaginamos como os governantes romanos, perseguidores por natureza, encarariam os cristãos, se o Apocalipse falasse de Roma o que realmente fala, mas o fizesse abertamente, sem rodeios, sem o emprego dos símbolos?
Procedimentos – É dever do estudante, portanto, laborar na decodificação do livro para perceber melhor a sua mensagem; deve também não incorrer no erro de decodificar o que não é símbolo. Para tanto, alguns procedimentos precisam ser cumpridos. Primeiro, examinar o Apocalipse a ver se ele mesmo não dá a interpretação do símbolo. Em alguns casos é isso o que ocorre, como, por exemplo, se depreende de 1:20: “Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita, e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.”A importância desse ponto é fundamentada no fato de que “o princípio orientador na interpretação de símbolos é deixar que um escritor inspirado identifique o símbolo.”5
Segundo, estabelecer a origem do símbolo e o significado deste no seu emprego original. A maioria dos símbolos do Apocalipse procede do Antigo Testamento. Entender o que eles significam lá pode ajudar a entender o que significam aqui, levando-se em conta, todavia, que o sentido poderá variar, dependendo da diferença de contexto. Uns poucos símbolos são provenientes do ambiente do próprio escritor, e, portanto, esclarecidos pelo contexto histórico. Pode ocorrer que a simbologia apocalíptica seja construída em cima de figuras ou fatos históricos literais do Antigo Testamento, o que os torna um tipo de realidades mais amplas e significativas agora referidas e que funcionam como antítipo. Quando isso ocorre, é imperativo que o intérprete respeite o correto relacionamento entre tipo e antítipo para não chegar a conclusões apressadas e equivocadas. Por exemplo, Moisés e Elias, duas individualidades, podem ser um tipo das duas testemunhas de Apocalipse 11. Deduzir por isso que as duas testemunhas são também dois indivíduos, ou mesmo os próprios Moisés e Elias que retornarão, incorre no pressuposto de que a forma do tipo deve corresponder,
nos detalhes, à forma do antítipo, o que não é verdade, pois nem todos os aspectos do primeiro se aplicam ao segundo. Neste exemplo, mais seguro seria inquirir o que “Moisés e Elias” significavam a judeus e particularmente a cristãos no fim do I século d.C., quando o Apocalipse foi escrito, e partir daí para a compreensão do sentido final e absoluto do símbolo.6
Igualmente, a campanha militar de Ciro que resultou na queda da antiga Babilônia (tipo), não significa necessariamente que também a Babilônia apocalíptica (antítipo) cairá frente a uma campanha militar. O que se deve fazer para, no estudo do Apocalipse, não se considerar literalmente um símbolo nem simbolicamente uma literalidade? O princípio fundamental estabelece que a declaração bíblica “deve ser interpretada literalmente, a menos que haja clara evidência, pelo contexto, de que estão sendo usados símbolos, ou a menos que uma explicação literal não faça sentido”.7 Portanto, interpretação bíblica literal é prioritária, inclusive no Apocalipse. Isto consubstancia o fato de que “a linguagem da Bíblia deve ser explicada de acordo com o seu óbvio sentido”.8 Se a interpretação literal resulta num absurdo, ela deve ser rejeitada. Por exemplo, afirmar, com base em Apocalipse 19:11, que Jesus voltará à Terra montando um cavalo, violenta o consenso geral de que no Céu não há animais, bem como o fato de que cavalos não voam. Portanto, o quadro ali só pode ser simbólico.
Um exemplo: as sete últimas pragas – Em consonância com este princípio, e levando-se em conta que o Apocalipse emprega símbolos junto a literalidades e literalidades junto a símbolos, não há porque adotar uma interpretação simbólica das sete pragas, salvo no que respeita aos elementos indiscutivelmente simbólicos ali presentes. Um levantamento do conteúdo de cada praga estabelece a seguinte relação de itens de uma e outra categoria:
A categoria de cada item, se literal ou simbólico, não foi estabelecida arbitrariamente, mas em harmonia com o princípio exarado acima. Algumas eventuais indagações em vista do conteúdo
das duas listagens poderiam ser assim elucidadas: (1) Por que “mar” na segunda praga é literal enquanto em outros locais do Apocalipse é um símbolo? Como já se considerou, determinado item no Apocalipse pode ser simbólico num contexto e literal noutro. O princípio acima estabelece que a interpretação literal é sempre prioritária, cedendo espaço para a simbólica apenas se houver claras evidências de que ela é inadequada, ou conduz a um absurdo. Não é o caso de “mar” na segunda praga. (2) Mas o mar, rios, fontes de água se transformarem em sangue não é um absurdo? Não, se se tem em vista que a primeira praga caída sobre o Egito por ocasião do Êxodo é um precedente histórico fiel deste fenômeno. Ali as águas do Nilo, dos canais, das lagoas, e dos reservatórios se tornaram em sangue (Êxo. 7:17-21). O mesmo fenômeno será intensificado na segunda e terceira pragas apocalípticas. Mesmo que as pragas do Egito sejam rejeitadas como um tipo das pragas apocalípticas, que é o que fazem aqueles que interpretam estas simbolicamente, elas permanecem como um precedente para as segundas.Mas na verdade, não há como negar o relacionamento tipo/antítipo desses dois eventos, quando a mais impressionante revelação do Apocalipse é que o mesmo Deus que retirou Israel do Egito para conduzi-lo à terra da promissão libertará o Seu povo da opressão deste mundo para conduzi-lo ao lar que lhes preparou.9 Prova desse relacionamento é que os remidos cantarão no mar de vidro o cântico de Moisés e o do Cordeiro (Apo. 15:2 e 3),10
quadro que o Apocalipse exibe exatamente no contexto das sete pragas (v. 1). Como LaRondelle diz, “este é o cântico da Igreja remanescente após seu triunfo sobre a besta e sua imagem. Sua alusão óbvia ao cântico do primeiro livramento, cantado por Moisés e os israelitas na costa do Mar Vermelho, torna a experiência de Israel sob Moisés um tipo do livramento final da Igreja por Cristo como o antítipo glorioso dela.”11 Portanto, a saída de Israel do Egito é o background inconteste desse quadro que encontra no Calvário a sua razão de ser. Daí os remidos cantarem “o cântico de Moisés e do Cordeiro”.12 Cedo a Igreja entendeu que o êxodo do Egito era não somente um tipo apropriado das sete últimas pragas, mas um indicador de que estas pragas são literais. Em 1855, J. N. Andrews já afirmava: “Não vemos qualquer razão pela qual elas [as sete últimas pragas] não serão tão literais como aquelas derramadas sobre o Egito, conquanto as conseqüências delas serão bem mais terríveis e temíveis... Por que o antítipo não seria tão real e literal?”13 Andrews nunca foi contestado, nesse parecer, por Ellen G.White. (3) Por que rios na segunda praga são literais e rio Eufrates na sexta é simbólico? Da mesma forma, águas na 2a e 3a pragas são literais e na sexta, as do Eufrates, são simbólicas. O rio Eufrates é indicado e explicado como um símbolo no próprio
contexto das pragas. Um dos sete anjos que contêm as sete taças, provavelmente o sexto, convida João a acompanhá-lo para observar “o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas” (Apoc. 17:1). A meretriz é identificada como Babilônia (v. 5). Era sobre o Eufrates que a antiga Babilônia se assentava; portanto “muitas águas” aqui e rio Eufrates da sexta praga se equivalem. Ambos representam “povos, multidões, nações e línguas” (v. 15). No tipo, o Eufrates, que cruzava a cidade, teve suas águas desviadas permitindo que Ciro e seu exército invadissem Babilônia através do leito seco. No antítipo, as multidões que apóiam Babilônia (o rio Eufrates sobre o qual a mulher se assenta) retirarão esse apoio na altura da sexta praga (Deus conduzirá as coisas de maneira que isso terá de ocorrer), e farão com que a meretriz seja destruída. Isso é o “secamento” do Eufrates simbólico ali referido. Em outras palavras, é a queda final de Babilônia que propiciará a libertação do povo de Deus, tal como ocorreu com os judeus no passado. Isso é, de fato, um cumprimento antitípico maravilhoso da queda da antiga Babilônia ante Ciro, que por sua vez é chamado de ungido e pastor (Isa. 44:28 e 45:1), dois títulos de Jesus. Em verdade, Ciro é um tipo do Cristo que agora voltará para libertar o Seu povo. Que as águas do mar, rios, e fontes da segunda e terceira pragas são literais se infere do fato de que o anjo das águas, em meio a estas pragas, exalta a Deus dizendo: “Tu és justo..., porquanto derramaram sangue de santos e de profetas, também sangue lhes tens dado a beber; são dignos disso.” (Apoc. 16:5, 6). Portanto, as águas transformadas em sangue eram águas que se bebiam, e o sangue em que se transformam é sangue literal, tal como o sangue que os ímpios derramaram. (4) Mar, na segunda praga, aparece no singular. A Terra tem vários mares. Não é isto uma clara indicação de que este elemento é simbólico? Não necessariamente. O Apocalipse emprega o termo umas 24 vezes e sempre no singular. Em pelo menos 15 vezes o sentido é genérico, tal como ocorre no quarto mandamento, onde é dito que Deus criou “os céus, a terra, o mar e tudo o que neles há”. Deus, na realidade, é o criador de todos os mares, e não de apenas um. Ecoando este mandamento, a primeira mensagem angélica conclama os habitantes da Terra a que adorem “Aquele que fez... o mar.” (14:7; cf. 10:6).No contexto do juízo final, é dito que “deu o mar os mortos que nele estavam” (20:13). Seria um erro afirmar que apenas aqueles que morreram em determinado mar estarão de volta para responder por seus atos diante do tribunal divino. Assim “mar” na segunda praga tem o sentido genérico, e aponta para os oceanos em geral.
Conclusão – Reconhecidamente, um grande número de símbolos apocalípticos não clarificados pelo Espírito de Profecia, principalmente aqueles vinculados a profecias ainda não cumpridas, quase sempre se mostra complicado e de difícil interpretação. Mas isto não significa que não devam ser estudados. Bons desdobramentos da verdade aguardam o pesquisador sincero e perseverante. Os símbolos, por difíceis que sejam, comportam o significado de fatos importantíssimos à fé, porque são empregados por Deus na revelação de Seus propósitos de salvação; caso contrário, não estariam no Apocalipse. Respeitando criteriosamente os princípios corretos de interpretação (a respeito do que algo foi acima referido), evitando tendências especulativas (que raramente não descambam para a fantasia), não dando asas à livre imaginação (que quase sempre se preocupa apenas com originalidade), descartando o mero sensacionalismo (que em geral faz muito barulho com alardes inconseqüentes, isto é, “muita trovoada e pouca chuva”), resistindo ao insidioso triunfalismo pernóstico (a tentação de achar que “só eu entendo e ninguém mais”), concedendo a Deus o direito de dirigir um povo e não “uns poucos aqui e ali” (e que, portanto, Sua Igreja tem que ser ouvida antes que determinado ponto de vista pessoal venha a ser anunciado como verdade), mantendo os pés devidamente assentados no terreno do bom senso e da sobriedade (fundamentais para o alcance de resultados positivos na busca da verdade), e, acima de tudo, dando prioridade absoluta à iluminação do Alto (sem o que só há trevas), pode o estudante das profecias
bíblicas chegar à compreensão de pontos importantes daquilo que Deus tem em reserva para o Seu povo nestes dias finais da História. “Que ninguém pense que por não poder explicar o significado de cada símbolo do Apocalipse, é-lhe inútil investigar este livro numa tentativa de conhecer o significado da verdade que ele contém. Aquele que revelou estes mistérios a João dará ao diligente pesquisador da verdade um antegozo das coisas celestiais. Aqueles cujo coração está aberto à recepção da verdade serão capacitados a compreender seus ensinos...” – Atos dos Apóstolos, pág. 584.
José Carlos Ramos é diretor de Pós-Graduação do SALT-IAE, Engenheiro Coelho, SP.
Notas e Referências
1. Gerhard F. Hasel, Princípios de Investigação da Bíblia, pág. 21
2. Ibidem, págs. 21 e 22.
3. Las Profecías del Fin, pág. 391
4. Apocalipse – Esboço de Estudos, pág. 7
5. Hasel, pág. 22
6. Que as duas personalidades do Velho Testamento, Moisés e Elias, devem ser tomadas como representativas de realidades mais amplas que aquelas ligadas apenas a elas próprias depreende-se do simples fato de que para judeus e cristãos do final do I século a.D., quando o Apocalipse emergiu, apontavam ambas para a principal divisão do cânon vétero-testamentário, a Lei e os Profetas. Entendemos hoje que as duas testemunhas simbolizam a Bíblia completa, Velho e Novo Testamentos.
7. Leo R. Van Dolson, Revelação e Inspiração – Como Deus Se Comunica Conosco, Lição da Escola Sabatina, I trimestre de 1999, edição do professor, pág. 123. Ênfase suprida.
8. Ellen G. White, O Grande Conflito, pág. 599.
9. Na verdade, os dois êxodos relatados no Antigo Testamento, o do Egito e o de Babilônia, figuram como tipos relacionados com as sete últimas pragas: as primeiras cinco mais com o primeiro êxodo e as duas últimas, que efetivarão a queda da Babilônia mística, mais com o segundo. Mas é de se notar que a sexta praga do Apocalipse registra um elemento da segunda do Egito, rãs (Apoc. 16:13; Êxo. 8:1-6), enquanto a sétima inclui relâmpagos, trovões e saraiva (Apoc. 16:18, 21), itens reminiscentes da 7ª do Egito, que trouxe chuva de pedra, trovões e fogo (Êx 9:23). Positivamente, as pragas do Egito são um tipo das sete últimas que se abaterão sobre o mundo.
10. Provavelmente este cântico é o mesmo “novo cântico” de Apocalipse 5:9 e 10. Embora o cântico de Moisés seja tão antigo quanto o tempo do êxodo do Egito (Êxo. 15:1-18), ele agora é o “cântico de Moisés e do Cordeiro”, isto é, o cântico de Moisés em seu sentido transcendente e final. LaRondelle afirma que o “‘novo cântico’ (5:9 e 10) definitivamente enfoca o êxodo escatológico futuro da Igreja triunfante, deste tipo de mundo para servir a Deus na Terra feita nova. Isto é expresso na frase conclusiva ‘e reinarão sobre a terra’ (5:10), e é mais plenamente desdobrado na visão posterior da Nova Jerusalém (21:1 e 7; 22:5).” Hans K. LaRondelle, “Contextual Approach to the Seven Last Plagues”, Symposium on Revelation –
Book II, Daniel & Revelation Committee Series - Vol. 7, Frank B. Holbrook, ed. (Silver Springs: Biblical Research Institute of General Conference of Seventh-day Adventists, 1992), pág. 141.
11. Ibid, 143.
12. Segundo Lucas 9:31, no sacrifício de Jesus efetivou-se o verdadeiro Êxodo. No original, a palavra grega vertida ali como “partida” é éksodos. Observe-se também que, segundo Apocalipse 12:14, foram dadas à mulher (símbolo do povo de Deus) “duas asas de grande águia, para que voasse até ao deserto”, uma figura extraída de Êxo. 19:4, texto que alude ao Êxodo e à maneira como Deus, em seguida, conduzira Israel até o Sinai. Segundo seu contexto, a descrição apocalíptica se posiciona imediatamente após a derrubada por terra do dragão, Satanás (versos 9 e 13). Entendemos que a derrota infligida ao diabo ocorreu com o evento da cruz.
13. J. N. Andrews, “The Three Angels of Rev. XIV, 6-12”, Review and Herald,
17 de abril de 1855, pág. 209.