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Adoração no livro do Apocalipse

“Entoavam novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres viventes e dos anciãos. E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da Terra” (Apocalipse 14:3).
Leituras da semana: Jó 42:1-6; Ap 1:13-18; 13; 14:6-12; 19:1-5
Poucos livros da Bíblia contêm tanto mistério e fascínio como o Apocalipse. Ele está cheio de imagens incríveis de bestas, dragões, fogo, terremotos, pragas, exércitos, rãs, cidades, estrelas cadentes e assim por diante.

E, no entanto, em meio a todo o drama, adoração é o tema que aparece repetidamente. Seja tratando da crise final sobre os que adoram a besta e sua imagem, ou revelando seres que cantam louvores a Deus no Céu, o assunto da adoração reaparece muitas vezes no Apocalipse: adoração àquele que “vive para todo o sempre” (Ap 5:14, RC), àquele que é, e que era, e que há de vir, que tomou o Seu grande poder e reinou (Ap 11:17), e adoração àquele que deve receber “glória, e honra, e poder” (Ap 4:11, RC).
Em resumo, o Apocalipse revela o que temos estudado em todo o trimestre: Que somente o Senhor, nosso criador, redentor e juiz, é digno de nossa adoração e louvor.
“Caí a Seus pés como morto”
Talvez uma das maiores revelações que recebemos da majestade e poder de Deus tenha chegado a nós através da astronomia. A maioria dos antigos não tinha ideia do tamanho nem da expansão do Universo. No século XX, com os avanços incríveis em vários telescópios, tem sido apresentada uma visão do Universo diante da qual a maioria dos antigos teria ficado assombrada. De fato, nós mesmos ficamos desconcertados pelo tamanho, pelas distâncias e pelo incrível número de galáxias e estrelas. Com nossa mente, mal podemos compreender tudo isso.
E aqui está algo impressionante: Somente alguém maior do que o Universo poderia tê-lo criado, assim como somente alguém maior do que um quadro artístico poderia tê-lo criado. Assim, o Deus a quem adoramos e a quem servimos é o criador do Universo; portanto, Ele é “maior” do que todas as coisas.
Quem, então, somos nós, em contraste com esse Deus?
1. Qual foi a reação de João depois de ver Jesus, conforme a descrição de Apocalipse 1:13-18? Por que ele reagiu dessa maneira? Como a cruz apareceu nesse episódio?
2. Leia Jó 42:1-6. Qual é a semelhança entre a reação de Jó e a de João?
Embora esses dois homens tivessem recebido apenas uma revelação parcial do Senhor, o que eles viram foi suficiente para torná-los muito mais humildes. Havia temor, reverência, admiração e sentimento de arrependimento em suas reações. Como não haveria? Eles tiveram uma visão do criador do Universo; mais ainda, eles eram pecadores recebendo uma visão de um Deus sem pecado e santo. Sem dúvida, uma compreensão de sua própria pecaminosidade, injustiça e imundície lhes veio à mente diante da presença do Senhor.
Quais são os segredos para que nossos cultos também nos conduzam à presença de Deus, despertando uma reação de humildade parecida com os exemplos de Jó e Apocalipse? Ao mesmo tempo, é muito importante que a cruz seja erguida diante de nós como nossa única esperança de salvação.
Santo, Santo, Santo. . .
Embora o livro do Apocalipse ainda contenha muitos mistérios, a adoração é o tema principal, que surge repetidamente. Ao longo do Apocalipse aparecem cenas de vários seres adorando o Senhor.
3. O que podemos aprender sobre adoração nos textos a seguir? Que temas estudados durante o trimestre aparecem nestas passagens?
a) Ap 4:8-11
b) Ap 5:8-14
c) Ap 7:9-12
d) Ap 11:15-19
e) Ap 15:1-4
f) Ap 19:1-5
Entre todas as coisas que o Apocalipse pode nos ensinar, uma deve se destacar: o que acontece na Terra afeta o Céu, e o que acontece no Céu afeta a Terra. Céu e Terra estão, como já foi dito, mais perto do que podemos imaginar. O Apocalipse nos mostra o quanto eles estão próximos. Com efeito, frequentemente as criaturas do Céu estão adorando a Deus pelo que Ele tem feito na Terra.
Quais são, também, os temas de louvor e adoração vistos nessas passagens, mas que temos estudado em todo o trimestre? O Senhor é o criador, redentor e juiz. Ele é louvado por Sua santidade e pelo derramamento de Seu sangue; Ele é louvado e adorado por Seu poder, Sua força, e por Sua honra. Ele é louvado por Sua justiça, juízo e pela salvação que Ele oferece.
Pense novamente no plano da salvação, no que ele significa e no que Deus nos tem dado por meio dele. Não temos muitas razões para louvar? Sejam quais forem suas lutas e provações, separe tempo, a cada dia, para louvar o Senhor por todos os motivos que você tem para ser agradecido. Isso mudará sua vida.
Apocalipse 13
Desde a introdução, vimos como a crise do tempo do fim estará centralizada na questão da adoração. Esse não é um tema insignificante. O destino eterno das pessoas depende disso. Essa verdade fundamental se torna mais evidente naquilo que se desdobra em Apocalipse 13 e 14.
4. Leia Apocalipse 13 e responda às seguintes perguntas:
a) Qual é o contexto histórico desses versos? Sobre o que eles tratam, histórica e profeticamente?
b) Quantas vezes o tema da adoração aparece nesse capítulo? O que isso nos diz sobre sua importância?
c) Onde, nesse capítulo, é apresentado o evangelho, a salvação que nos é oferecida em Cristo?
Desde o início do grande conflito, Satanás tentou subverter a autoridade e o poder de Deus. A batalha que ele começou no Céu, está agora sendo travada na Terra. Esse capítulo mostra a obra do inimigo através da história, por meio dos poderes apresentados ali, e como ela culminará na crise final, envolvendo a questão da adoração: todos aqueles que não adorarem a besta e a sua imagem enfrentarão a perseguição física e econômica. Apesar de Satanás saber que está derrotado, embora na cruz seu fracasso tenha sido confirmado, o inimigo ainda continua a lutar, ainda tenta enganar tantos quantos seja possível, e ele fará isso até o fim.
No entanto, em meio a tudo isso, temos Apocalipse 13:8, que se refere a Jesus como o “Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”; ou seja, antes mesmo que tudo isso começasse na Terra, a “eterna aliança” (Hb 13:20) havia existido, oferecendo aos seres humanos a oportunidade de salvação. Os que realmente aceitam essa salvação, cujos nomes estão no livro da vida, não adorarão a besta nem sua imagem. Ao contrário, eles estão adorando aquele que “em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados” (Ap 1:5) e O adorarão igualmente no Céu.
Apocalipse 14
O que dá início a Apocalipse 14? Uma cena celestial, mostrando os 144 mil que foram “comprados da Terra” (v. 3). Começa com uma visão do futuro, de como ele será, pelo menos para esse grupo, quando eles estiverem diante de Deus no Céu. E embora o texto não diga isso, parece que essa é uma descrição de uma espécie de adoração celestial.
Assim, Apocalipse 14 continua o tema da adoração encontrado no capítulo 13. Essas pessoas não adoraram a besta e sua imagem, mas, em lugar disso, foram vistas adorando o Senhor no Céu.
O capítulo, a seguir, retorna à Terra, retomando onde o capítulo 13 havia parado, onde foram mostrados os que adoraram a besta e sua imagem, em contraste com os que não fizeram isso, aqueles cujos nomes estavam escritos no livro da vida.
5. Por que Apocalipse 14:6-12 é tão central, tão importante para os adventistas do sétimo dia? Que temas examinados durante o trimestre aparecem ali? Por que chamamos esses versos de “verdade presente?”
Esses versos são ricos e perfeitos em verdade: criação, redenção, juízo, salvação, o evangelho, a obediência, a fé, os Dez Mandamentos e a missão. Ali, também, podemos ver a advertência mais terrível em toda a Bíblia, centralizada em torno da questão da adoração: “A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome” (Ap 14:11).
Como adventistas do sétimo dia, entendemos que, em toda essa questão, o sábado é fundamental. O sétimo dia está relacionado igualmente com a criação e a adoração. Adoramos o Senhor porque Ele é o Criador, e o sábado tem sido e continuará a ser a marca fundamental, ou sinal, de Seu papel como criador.
Embora ainda não saibamos quando nem como essas questões serão trazidas à tona, podemos ter certeza de que serão. Como é importante, então, que estejamos prontos, não somente para defender firmemente a verdade, mas também para ser capazes de “responder com mansidão e temor a qualquer que [nos] pedir a razão da esperança que há em [nós]” (1Pe 3:15).
Adore a Deus
“Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, quando as ouvi e vi, prostrei-me ante os pés do anjo que me mostrou essas coisas, para adorá-lo. Então, ele me disse: Vê, não faças isso; eu sou conservo teu, dos teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus” (Ap 22:8, 9).
6. Leia o contexto dos versos acima. Qual é a mensagem essencial sobre adoração encontrada ali?
Por todo o trimestre vimos a mesma coisa: os seres humanos têm essa necessidade inata de adorar, mesmo as coisas boas. João desejou adorar o mensageiro celestial que lhe havia revelado uma verdade tão incrível. No entanto, o anjo pediu que ele não fizesse isso, mas adorasse a Deus.
Esta não foi a primeira vez que ele havia tido essa experiência. Em Apocalipse 19:10, ele estava prestes a fazer a mesma coisa, e novamente, foi impedido e orientado a adorar ao Senhor. Isso lembra uma das declarações de Cristo a Satanás: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto” (Mt 4:10).
Em ambos os casos, também, João caiu aos pés do ser que ele desejava adorar, um símbolo de entrega, de submissão e de reverência diante do objeto de adoração. Qualquer outra coisa diferente não é realmente adoração, certo?
É por isso que adoração não é apenas o que fazemos no sábado, por algumas horas a cada semana. Adoração é cair aos pés de nosso Senhor o tempo todo. Trata-se de toda a nossa atitude e relacionamento com Deus. Adoração é o que devemos fazer sete dias por semana, 24 horas por dia; é uma vida de fé, de obediência e de entrega ao Senhor. É colocar Deus em primeiro lugar em tudo o que dizemos, fazemos e pensamos. Adoração é nossa maneira de tratar os outros, como tratamos aqueles que amamos, e os que não nos amam. Adorar é obedecer aos mandamentos, servir aos necessitados, morrer para o eu e proclamar o evangelho.
Além do mais, pense na criação, no Deus que criou todas as coisas. Então, pense na cruz, no Criador morrendo pelos pecados daqueles que Ele havia criado, suportando em Si mesmo o castigo que eles mereciam, a fim de que essas criaturas indignas pudessem ter a oportunidade de ser recriadas em um novo Céu e uma nova Terra.
Porque Deus criou tudo o que existe, qualquer outra coisa que adorarmos significa adorar a criação acima do Criador, adorar ídolos de uma forma ou de outra, adorar o que não pode nos salvar. Em contraste com isso, com a imagem do Criador sobre a cruz, a questão é: por que haveríamos de adorar qualquer outra coisa ou qualquer outro ser?
Estudo adicional
Leia de Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 582-592: “O Maior Perigo Para o Lar e a Vida’’; p. 603-612: “O Último Convite Divino”; p. 662-678: “O Final e Glorioso Triunfo”.
Adorar é nos prostrarmos diante de nosso Criador, reconhecendo e confessando Sua santidade e nossa condição de criaturas. É nos submetermos à Sua soberania, reverenciando Sua presença majestosa....”
“O salmista diz: ‘Servi ao Senhor com temor e alegrai-vos nEle com tremor’ (Sl 2:11). Na adoração, reconhecemos a majestade impressionante e poder infinito do Rei; lembramos que ‘nosso Deus é fogo consumidor’ (Dt 4:24; Hb 12:29), que nos consumiria imediatamente, se não fosse pelo sacrifício substitutivo de Jesus, que foi ‘consumido’ no altar do Calvário em nosso lugar”
“Assim, nossa adoração manterá um equilíbrio entre alegria e reverência. Será uma alegria santa... Nossa adoração deve ter profunda reverência... e ainda uma vibrante alegria” (Documento de Richard M. Davidson, professor do Seminário da Andrews University, Adoração no Antigo Testamento, p. 3, 30).
“Os resgatados entoam um cântico de louvor que ecoa repetidas vezes pelas abóbadas do Céu: ‘Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro’ (Ap 7:10)...”
“Em toda aquela resplendente multidão ninguém há que atribua a salvação a si mesmo, como se houvesse prevalecido pelo próprio poder e bondade. Nada se diz do que fizeram ou sofreram; antes, o motivo de cada cântico, a nota fundamental de toda antífona, é: Salvação ao nosso Deus, e ao Cordeiro” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 665).
Perguntas para reflexão:
1. Comente um pouco mais sobre o plano da redenção, o milagre da encarnação, a vida imaculada de Jesus, Sua morte em nosso favor e a promessa de Sua segunda vinda. Por que tudo isso torna Cristo tão digno de adoração?
2. De que maneiras adoramos o Senhor, quando não estamos participando do culto? Se não estamos adorando o Senhor o tempo todo, podemos verdadeiramente adorá-Lo apenas por algumas horas no sábado? Comente sua resposta.
3. Quais são algumas coisas “boas” que podemos estar em perigo de adorar?
Respostas Sugestivas:
1: Caiu a Seus pés como morto, devido ao espanto diante da glória de Jesus; na cruz Ele passou pela morte, para nos dar a chave da vida. 2: Jó não conhecia as maravilhas de Deus, mas quando teve uma visão do Senhor, abominou a si mesmo e se arrependeu humildemente. 3: a) Deus é adorado pela criação; b) adoração ao Cordeiro pelo sacrifício; c) seres humanos farão parte da multidão de adoradores; d) os adoradores viverão e os rebeldes serão destruídos; e) os adoradores de Deus vencerão a besta e estarão no mar de vidro; f) o juízo final destruirá a meretriz, com sua corrupção e violência; restarão apenas vozes de louvor e adoração eternas. 4: a) poderes que perseguiram os cristãos, especialmente o império romano e o papado; b) na adoração ao dragão, à primeira besta e à segunda besta; o assunto é muito importante; c) apesar da perseguição, existe o livro da vida do Cordeiro morto. Temos esperança. 5: Encontramos ali a mensagem fundamental a ser levada ao mundo: o evangelho é eterno e universal; mensagem única para pessoas diferentes: verdade presente ; fala do juízo e do Criador a ser adorado a cada sábado; a falsa adoração caiu em rebelião contra Deus. 6: É um erro adorar outros além de Deus, mesmo o maravilhoso anjo que nos faz ver a glória celestial; João desejou adorar da forma certa, pelos motivos certos, mas cometeu um grande erro: adorou a pessoa errada. Corremos o mesmo risco na igreja?